Construções irregulares em área de proteção são embargadas, mas obras continuam

Milane Magalhães / Cn1

Representantes da Associação do Parque Real Serra Verde e do Movimento dos Excluídos da Bahia, estiveram no Camaçari Notícias para fazer uma denúncia grave, construções de forma irregular entre os bairros do Parque das Mangabas e o Parque Real Serra Verde, estão destruindo o afluente do Rio Capivara, mudando o curso do rio, além de está desmatando a fauna, flora e a mata ciliar da localidade. 

De acordo com Arailton Rodrigo, presidente do Movimento dos Excluídos da Bahia, especuladores imobiliários e a Igreja Assembléia de Deus estão há cerca de 45 dias, fazendo obras sem licença ambiental na localidade. “A área que eles estão usando é do povo, é uma área de lazer da comunidade, eles não podem invadir e principalmente acabar com a fauna e a flora do local”, diz.

Segundos os representantes dos movimentos, através da sua assessoria o promotor de justiça Luciano Pitta, enviou fiscais até a localidade onde foram constatadas as irregularidades através de um laudo técnico. As obras foram embargadas na manhã de quarta-feira (11), porém os representantes da comunidade estiveram no local durante a tarde e a Igreja Assembléia de Deus continua com a construção de um muro na obra, desobedecendo à ordem do Ministério Público.

O crime é passível de multa, prisão e recuperação dos danos causados. “Estivemos lá e eles continuam com a obra, fomos novamente ao Ministério Público e o promotor pediu que fotografássemos tudo e encaminhássemos para anexar ao processo, espero que eles sejam penalizados, eles agora terão que explicar à Justiça”, disse Arailton Rodrigo.

Entidades denunciam igreja e especuladores imobiliários por degradação do Rio Capivara

Uma denúncia de grave crime ambiental cometido na divisa entre os bairros Parque Real Serra Verde e Parque das Mangabas, em Camaçari, chegou nesta terça-feira, 10, ao Ministério Público da Bahia. Segundo o documento, com fotos em anexo, a destruição da fauna, flora, mata ciliar e aterramento do lençol freático está sendo praticada pela Igreja Assembleia de Deus e especuladores imobiliários.

A denúncia, endereçada ao Promotor de Justiça de Camaçari Luciano Pita, é de autoria do Movimento dos Excluídos da Bahia, Associação de Moradores do Parque das Mangabas, Associação do Parque Real Serra Verde e Associação das Vítimas de Descarte de Produtos Químicos.
As entidades pedem ação firme e intervenção por parte das autoridades ambientais para que a prática nociva e ilegal não prossiga e se repita. As imagens mostram as sapatas de concreto construídas no leito do rio capivara e o curso natural do rio sendo desviado que haja mais espaço para a obra tocada pela igreja.

O coordenador geral do Movimento dos 
Excluídos da Bahia, Arailton Rodrigo, esteve na redação do Nossa Metrópole para mostrar sua insatisfação com a atitude criminosa que flagrou no local. “Eles estão invadindo uma área destinada para uso coletivo, para lazer da comunidade. Isso não pode continuar. O Ministério Público se comprometeu em enviar uma equipe para verificar os danos ambientais citados na denúncia. Espero que intervenham rápido”, declarou.

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO MOVIMENTO DOS EXCLUÍDOS DA BAHIA EM CAMAÇARI

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